quarta-feira, 8 de julho de 2020

AS INFECÇÕES CUTÂNEAS

Vale mais prevenir...
 Olá aqui estou eu novamente, (de vez em quando lembro-me do blogue) desta vez depois de uma paragem de 1 mês sem pedalar, não por causa do Covid 19, mas por uma causa bem mais benigna que esse maldito bichinho que havia de aparecer nas nossas vidas, sabe-se lá até quando.
Há bicharada e BICHARADA... Pois o meu bichinho apareceu-me na zona das virilhas após uma depilação com máquina de rapar os pêlos e logo de seguida ter ido pedalar com uma bermuda bem justinha ao corpo. É justinha que se pretende, mas temos que ter em consideração dois aspectos importantes:-
- A qualidade do tecido !
  - As costuras da carneira !
O equipamento que eu usei foi dos primeiros que tive e raramente andava com ele já devido ao desconforto que me causava,  mas porque não me lembrei que tinha feito a depilação, vesti-o; Má decisão pelos vistos !
Chegado a casa, e como habitualmente, tomei o meu duche de àgua fria e após este, mais uma má decisão , não coloquei o creme hidratante na zona do corpo mais castigada pela pedalada, as virilhas.
Tudo bem até aqui, outro dia outra pedalada, mais um dia e mais outra pedalada, até que a comichão e o ardume começaram a aparecer. Vou à farmácia e, pomada p'ra cima; -  a coisa estava pior ! Volto à farmácia e levo outra pomada mais cara mas de efeito semelhante, ou seja * Nem aqueceu nem arrefeceu.
 A inflamação alastrava a olhos vistos e lá fui ao Trofa Saúde Hospital, pagar uma pipa de massa a uma dermatologista que não se fez rogada em me ver os coisos. Conclusão: duas pomadas diferentes, mais um pó, e meus caros, não é que a miúda percebia mesmo daquilo.
Após a segunda aplicação pelo menos a comichão já tinha desaparecido. QUE ALÍVIO !.
Duas semanas de tratamento e não estou pronto para outra porque isto vou passar a ter mais cuidados com os equipamentos que visto, e os que no futuro irei comprar. É preferível dar mais 20 ou 30 € e comprar bom, ou razoável, do que comprar baratinho, bonitinho e de qualidade duvidosa.
Deixo algumas notas para os meus amigos:
 - Quando chegarem a casa depois de dar ao pedal vão logo para o duche em vez de se sentarem a editar a actividade -  o suor acumulado nas virilhas é salgado e vai ajudar à proliferação de bactérias na pele.
- Depois do duche secar bem a zona e colocar um creme regenerador ou apenas um bom hidratante de pele.
- Não utilizar o mesmo equipamento duas vezes sem lavar, mesmo que pareça que está limpo e não tenha odor.
- Se possível lavar a 40º no mínimo, na máquina de lavar.
- Se não tiveres máquina lava com sabão pois este contém propriedades anti-bacterianas.
- Nunca vistas um calção húmido.
BOAS PEDALADAS




sábado, 21 de março de 2020

COVID 19

Vale a pena ler e refletir, goste-se ou não do estilo.
Miguel SousaTavares
Não creio que o mundo vá acabar. Mas espero e desejo que a nossa forma irresponsável de viver e de habitar o planeta mereça — agora, pelo menos — um momento sério de pausa para reflexão. Espero que coisas como o desfile trendy de Davos, onde é possível juntar um idiota como Trump com uma vedeta assimilável como Greta Thunberg, ou um milionário com dúvidas de consciência, como Bill Gates, com uma milionária que compra caro a sua presença para limpeza de cadastro, como Isabel dos Santos, não voltem a repetir-se. Para fingir que os grandes, os ricos e os poderosos do mundo estão preocupados com o futuro da humanidade. Não estão, nunca estiveram e não passarão a estar quando nos livrarmos deste monstro. Tudo o que eles desejam é voltar ao habitual, ao mundo que era o de antes e que eles controlavam.
Não acredito em deuses nem em bruxas nem em teorias metafísicas para o que é simplesmente evidente. É evidente que o limite da capacidade do planeta em que vivemos é a natureza. Podemos agir sobre ela em muitos domínios e até certo ponto: podemos descobrir antibióticos até que o nosso organismo já não reaja a eles; podemos produzir alimentos transgénicos até que eles já não consigam alimentar mais gente do que aquela que matam; podemos ter 12 milhões de pessoas a voar todos os dias nos céus do mundo até que já não consigamos respirar; podemos produzir carne e soja para alimentar 1400 milhões de chineses e 140 chefes Michelin com os seus bifes Angus, em troca de milhões de hectares da Amazónia a arder todos os anos e a aquecer mais o planeta; e podemos plantar milhares ou milhões de hectares de eucaliptos, que crescem rápido e dão dinheiro rápido a ganhar em terras que nos dizem que, de outra forma, não valem nada, mas depois temos um mês de incêndios descontrolados na Grécia ou em Portugal ou seis meses na Austrália. Mas quando chegamos ao limite — ao limite da cobiça, ao limite da irresponsabilidade, ao limite da loucura — a natureza revolta-se. Depois, podemos dizer que foi um pangolim cruzado com um morcego, algures num mercado chinês — um azar que ninguém, nenhum epidemiologista, nenhum sociólogo, nenhum economista, podia prever, nos seus mais negros modelos de estudo. Mas não foi um azar: foi um aviso da natureza.
Os tempos requeriam grandes líderes. Não líderes locais, nacionais, pequeninos. Mas líderes mundiais, visionários, pelo menos mais fortes do que um morcego e um pangolim. Mas o que temos hoje são apenas duas espécies de líderes à frente das nações que têm armas, poder e dinheiro: os inteligentes e os idiotas. Desgraçadamente, porém, os inteligentes são cínicos e os idiotas são, por natureza, perigosos.
Desçamos aqui à terrinha, a Portugal. Ao contrário de tantos, procuro sempre todos os sinais de optimismo, de esperança, de continuidade. Tenho a imensa vantagem, que é uma escolha própria da primeira hora, de não habitar nas redes sociais. Isso permite-me passar ao lado do WhatsApp dos vizinhos, dos amigos e dos detentores de “informação privilegiada”. Mas não escapo à onda das mensagens de boataria originária das redes sociais e de apelo à cumplicidade no medo e no pânico dos que estão trancados em casa à espera do fim do mundo. São tantos os que transmitem mensagens aterradoras de um “médico meu amigo que está na primeira linha de combate”, que eu só posso chegar a duas conclusões: que toda a gente tem um médico amigo na frente de combate e que todos os médicos lá na frente perdem um tempo precioso a espalhar mensagens de pânico cá para fora. Felizmente, não acredito nisso. Mas ainda bem que eles estão trancados em casa. Não duvido que isso ajuda a conter a disseminação do vírus e é portanto louvável que o façam. Mas há outros que não podem ou não o querem fazer e, enquanto tal for permitido, também é legítimo que o façam. Aliás, só é possível a uns estarem trancados em casa porque outros o não estão.
Exemplo daquilo que não interessa num momento destes são as intervenções do deputado Telmo Correia. Reduzido a cinco deputados, o CDS tinha na anterior líder parlamentar, Cecília Meireles, uma pessoa séria, preparada e competente. Mas optou por substituí-la por Telmo Correia, um tribuno para todas as ocasiões, que tanto podia discutir Orçamentos do Estado no Parlamento como penáltis a favor do Benfica nos execráveis fóruns de debates futebolísticos televisivos. Ou a crise do coronavírus, julgavam eles. E, do primeiro ao 17º dia, Telmo Correia não conseguiu enxergar mais longe do que ver neste momento de excepção governativa e de sobrevivência pública uma oportunidade preciosa de atacar o Governo. Qualquer estagiário para spin doctor lhe teria explicado que este não era o momento para tal — como nem sequer tem sido em Espanha ou Itália, onde a gestão desastrosa da crise é por demais evidente: quando uma nação inteira está ameaçada, o povo quer cerrar fileiras atrás de um líder. Mas Telmo Correia, que no debate sobre a declaração do estado de emergência surgiu munido de ridículas citações churchillianas, optou antes por centrar a sua intervenção nas deficiências do Governo português para enfrentar o ataque à covid-19. É claro que as houve e é claro que foram cometidos erros, que são mais fáceis de ver a posteriori, como sempre sucede numa situação nunca antes vivida. Mas a Espanha, com quatro vezes mais habitantes do que Portugal, tem até sexta-feira, 200 vezes mais infectados do que nós e 300 vezes mais mortos; Itália, que se gaba de ter um dos melhores sistemas de saúde do mundo, é uma catástrofe inimaginável; a Holanda, com menos habitantes, tem o dobro de infectados e dez vezes mais mortos; a Suíça, um dos países mais ricos do mundo, com menos habitantes do que Portugal, tem três vezes mais infectados e oito vezes mais mortos e o seu sistema de saúde está à beira da ruptura; no outrora emblemático sistema de saúde inglês falta tudo: máscaras, ventiladores, médicos, camas, enfermeiros, ao ponto de a estratégia inicial ter sido a de deixar infectar todos; em França, que é o segundo país da UE que mais gasta em saúde pública, o sistema está em ruptura de tudo, após 300 mortos; e nos Estados Unidos, o país mais rico do mundo, o “New York Times” de quinta-feira reportava uma situação em que faltava tudo para acudir apenas à população que tinha cobertura de saúde. Todos foram apanhados de calças na mão. A covid-19 aproveitou aquilo que fazia a prosperidade do sistema — a globalização, a rapidez de comunicação e a interdependência das trocas comerciais, para atacar o centro vital do planeta. E por mais ricos que sejam os países, ter um sistema público de saúde preparado em permanência para responder a uma situação destas, continuando a responder também a todas as outras situações, teria um custo tamanho que ou os Estados esmagavam toda a economia com impostos ou deixavam de acorrer a tudo o resto.
Pelo contrário, eu penso que António Costa tem sabido gerir com um misto de coragem e de sangue-frio praticamente inatacáveis uma situação de uma gravidade que nenhum primeiro-ministro enfrentou antes em democracia. Tenho, como todos, criticas pontuais, das quais a maior é a de que já aqui tinha dado conta a semana passada: o tempo que demorámos a fechar a fronteira com Espanha. Mas não podemos esquecer que as decisões que o Governo tem de tomar todos os dias vão muito além da competência política exigível a governantes, por mais ampla que seja, estando ainda, ou sobretudo, dependente de informações e opiniões técnicas que, por natureza, não lhe cabem. E foi com grande alívio que vi o primeiro-ministro não ceder aos apelos ao pânico dos que queriam ver o país completamente fechado e paralisado, sem se deterem a pensar nas consequências e convencidos de que uma economia completamente morta não mata gente. Até porque, não tenhamos dúvidas: depois de ultrapassada a ameaça de morte sobre a saúde pública, encontraremos uma economia devastada e todos vão querer tudo da varinha mágica do Governo.
Ontem, sexta-feira, ultrapassámos o número de mil casos de infectados. Respiremos fundo, porque fatalmente vamos por aí acima. Mas, com calma: mil casos é ainda menos de 0,01% da população.

sexta-feira, 20 de março de 2020

Singapor, Coronavirus



Singapura teve cerca de 243 casos confirmados de coronavírus e nenhuma morte para uma população total de 5,7 milhões.
Singapura e Ilha tomaram medidas persistentes para impedir a chegada de infecções da China. Três dias após as autoridades chinesas alertarem o mundo sobre o surto em Wuhan, Singapura começou a encaminhar viajantes de Wuhan que mostraram sintomas respiratórios ou febre para avaliação e isolamento. Singapura também foi um dos primeiros países a cancelar todos os voos de Wuhan, identificando diretamente seu primeiro caso importado. Os viajantes provenientes das áreas afetadas foram colocados em quarentena obrigatória. 3 albergues da universidade foram rapidamente convertidos em instalações para hospedá-los. O governo compensava indivíduos e funcionários por quaisquer dias de trabalho perdidos. As autoridades de Singapura empreenderam esforços intensos para rastrear os contatos de pessoas que sabiam estar infectadas. A equipe do hospital entrevistou pacientes sobre os recentes casos. Quando as informações não estavam claras ou indisponíveis, as autoridades recuperavam dados adicionais de empresas de transporte e hotéis, incluindo imagens de CFTV. Grandes reuniões foram suspensas, mas para minimizar os custos sociais e econômicos, escolas e locais de trabalho permaneceram abertos. Os alunos e funcionários foram submetidos a exames de saúde diários. As campanhas de saúde pública também foram reforçadas para melhorar ainda mais o padrão de limpeza e higiene pública de Singapor. Uma força-tarefa especial do governo recomendou 5 hábitos de higiene pessoal.
Usar um lenço de papel quando tossir ou espirrar. Usar colheres de servir designadas durante as refeições em grupo. Utilizar bandejas ao comer ou beber para limitar a contaminação. Manter os banheiros públicos limpos e secos e lavar as mãos regularmente. O governo recomendou o uso de máscaras apenas para pessoas que já estão doentes.


quinta-feira, 19 de março de 2020

DE QUARENTENA, SIM!...mas


A decrepitude do corpo só pode ser contrariada pela ATIVIDADE FÍSICA .
Acredite quem quiser, são a ciência e a experiência que o dizem, e quem é burro que puxe uma carroça...( não sei se se lembram das consequências da extinção da praga dos pássaros...).
Felizmente ainda há países cientificamente civilizados: CONGRATULO-ME com a atitude da FRANÇA que mesmo de quarentena abre excessão para o exercício solitário ao ar livre ( com as devidas cautelas) e com a BÉLGICA que, além de permitir, aconselha....
No que diz respeito ao sistema cardiorespiratório a sua capacidade diminui a cada década.
A elasticidade , os alvéolos,os vasos capilares, a perfusão...declinam e, por isso, o esforço para respirar aumenta...SÓ A ATIVIDADE FÍSICA O PODE CONTRARIAR...
O coração bate mais devagar e o músculo cardíaco muda de anatomia causando um menor débito de sangue para os órgãos vitais...SÓ A ATIVIDADE O PODE CONTRARIAR...
Os músculos perdem força porque também são prejudicados na sua forma e na sua função...SÓ A ATIVIDADE FÍSICA O PODE CONTRARIAR...
O sistema imunológico também leva na cornadura...SÓ A ATIVIDADE FÍSICA O PODE CONTRARIAR...
O sistema neuro-endocrino também, com a velhice e inatividade, sofre perturbações das suas hormonas e dos seu neurotransmissores e daí as perturbações ansiosas, depressivas e demenciais...SÓ A ATIVIDADE FÍSICA O PODE CONTRARIAR ....
Obedecer é a nossa obrigação tal como é obrigação, de quem nos faz obedecer, não ser ignorante...
Se estiver enclausurado faça abdominais, flexões, salte a corda, use tapete rolante, bicicleta estática...SÓ ASSIM MELHOR RESISTIRÁ ÀS LIMITAÇÕES PROVOCADAS PELO GESSO QUE A/O ENVOLVE...
Se tiver condições caminhe ou corra no campo, no monte, na praia ( mas sozinho)porque isso só lhe fará bem à saúde e melhor resistirá ao VÍRUS...
MEXA-SE PELA SUA SAÚDE...
AH!...e se lhe apetecer SEXO faça também SOZINHO, lol...

Texto: Dr. Benjamim Carvalho

IMAGINE...

Imagine um mundo em que quase um terço das emissões de CO2 lançadas diariamente para a atmosfera desapareceu de um dia para o outro: os céus da China limpos da queima insaciável de combustíveis fósseis, a que se junta a redução acrescentada pela queda brutal das viagens de avião e da circulação dos imensos paquetes de passageiros, outrora um sinal de festa e hoje a nova praga das cidades costeiras.

Imagine Veneza, Florença, Paris, São Petersburgo, Istambul desertas de multidões de chineses, coreanos, russos; museus onde se pode entrar e percorrer as salas: cafés onde se pode estar sentado; praças para onde se pode olhar.

Imagine uma quantidade de gente com mais tempo para si, para a família, para os amigos, com menos pressa para tudo.

Imagine gente a trabalhar a partir de casa, produzindo o mesmo e gerindo o seu próprio tempo de trabalho, gastando menos, poluindo menos, aliviando o trânsito.

Imagine que de repente desapareceu a febre do consumismo supérfluo e que as pessoas se põem a pensar nas coisas que são verdadeiramente importantes.

Imagine que um medo e uma apreensão global faz com que a necessidade de se andar informado faça as pessoas afastarem-se dos pântanos de intrigas e mentiras das redes sociais e regressem à informação de referência, onde está o serviço público de que necessitam.

E imagine que, apesar do medo e da apreensão, porque somos seres humanos, somos desafiados a enfrentá-lo, a resistir-lhe e a combatê-lo, contra o egoísmo, o alarmismo e a irracionalidade alarve das massas, e a portarmo-nos como seres humanos.

Isto, esta utopia, está a acontecer agora. Sob os nossos olhos e graças ao coronavírus. A forma como nos comportarmos vai ser tão importante, em termos de reflexão, como vai ser, em termos científicos, a forma como o vírus for vencido. Mas, até lá, esta pausa, esta suspensão do mundo tal como o conhecemos, já é um excelente tema de reflexão.

Claro que não é sequer pensável suster o mundo, como agora está forçadamente, de forma permanente. A mudança teria de ser feita de forma gradual, global e planeada. Mas também não é possível continuar a assentar um futuro sustentável numa fórmula que se traduz em mais, mais e sempre mais, de tudo: mais população, mais queima de resíduos fósseis, mais emissões poluentes, mais contaminação dos oceanos, mais desflorestação, mais incêndios, mais aviões nos céus, mais turismo de massas, mais agricultura intensiva, mais cidades megalómanas.

Sabemos que temos de viver de outra maneira, mas não queremos ou não acreditamos que seja possível. E porque não o será?"

Miguel Sousa Tavares